Caminho sinuoso
Tu vieste à noite e eu não percebi,
estivestes sobre a cama e eu não senti. Postastes aquela foto e eu nem sequer vi, já era tarde. Dormia. A noite passou. E então, numa manhã de quase primavera me vejo nu pela cidade. Numa avenida sinuosa de duplo sentido. Que pernas! Sigo o percurso de olhos semicerrados, quero me perder. Tateio o caminho com as mãos incertas, pura paixão. Isso é amor incauto e subversivo de instantânea feição. E se não há retorno, só me resta seguir.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 17/09/2020
Alterado em 04/12/2021 |