Da falta de poesiaRasguei a folha de papel em mil pedaços. Estilhacei as frases. Assassinei cada palavra, num gesto bruto de pavor à falta de arte
Jaz o texto em mil pedaços, como cacos inertes espalhados. Letras perfurocortantes prontas pra rasgar a pele.
Rasguei o texto num contexto de puro ódio. E não faz mal. Já que a palavra incerta traz um mundo de incertezas, a morte do texto foi a única saída.
No texto, jaz e desconstruído, não havia métrica e tão pouco rima. Não era poema e muito menos poesia. Então, bem feito! Pois sem arte não há vida.
Por que querer escrever sem alma? Por que forjar palavras tolas em frases natimortas? Agora o melhor é uma cerveja, um vinho, talvez um café. Rasguei o texto por amor à poesia.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 02/12/2021
Alterado em 28/09/2023 |