SolidãoA mobília da casa observa o espaço vazio. A única companhia em noites de solidão. O silêncio é por vezes um ruído profundo. A simetria dos cantos vazios é a geometria da ausência. A mesa, o sofá,o quadro na parede, Estão mudos ! Não dizem nada. São corpos sem alma em uma imobilidade sem fim. Sem peso. Sem brilho. De uma opacidade sombria a preencher de solidão o tempo e o espaço. Da mobília da casa, a escrivaninha, a companhia possível. Sobre ela, a poesia talhada em palavras e versos assimétricos, oferece forma e cor à solidão.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 20/03/2023
|