Onomatopeia insistenteO Ping ping nos ouvidos Roça o timpano noite à fora Vem do banheiro quiçá da cozinha Torneira frouxa sem decência
Gota após gota e a gravidade Não para, não para!
Troca a marcha, acelera e de ping vira pong, pong e pong. E depois reduz novamente Ping ping ping nos ouvidos
Pra ladroar sono e paciência Porra! Mas, melhor que o ban bang lá fora Polícia e ladrão numa treta sonora
O que se quer nessas horas tardias Senão o sossego do silêncio ? Mas, outro dia teve um nhec nhec Misturado com tum tum Pobre cama e parede.
Vinha do quarto de cima e do lado, outrora Numa noite de ui meu Deus!
Claro, nessas horas tudo é válido, Mas, pra noites de bom sono, Pra curar da labuta o silêncio é caro E o remédio não é raro.
Chave de fenda, chave de boca Um mucadinho de preparo, Pronto! Parafuso na rosca apertado.
A onomatopeia diz adeus,que benção, vai-se embora.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 02/11/2023
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