Bicho homeEnebriado pelo calor Enquanto o sol derrete o asfalto A cidade se entorpece de tudo e de nada na mesma hora Estupefata por simples ser assim
Dado por fadado o futuro! Dá-se que é tempo de se ter tudo Quando do tudo se tem nada Nem o existir de fato (o ser)
Assim:
O nada se impõe pela pura ausência da alma Do não perceber-se parte do todo por menor que seja a parte por maior que seja o todo
E de parte em parte O verão segue esfacelando a previsão Pois, de tudo já não se prevê mais nada Por simples, é a saga do faminto bicho home
Ah...esse bicho! Da relva anda comendo até as raízes.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 15/11/2023
Alterado em 15/11/2023 |