Te queroDispo – me de roupas De alma e da decência De lembranças em decadência
Abstenho – me de subterfúgios e subjacências me entrego a quase demência.
Salvem - me d`a minhalma em efervescência Pois, sei que amar é dor que dói doendo! com as entranhas remoendo Sei disso e não tenho atinência
Venhas assim ou assado de todo jeito Por todo lado cozido, ensopado
Assim:
Te capturo com a retina o que é de ti entrego ao meu estômago Suas cavidades, o seu manto e vou profundo em seu âmago
Me largo à ti sem anteparo e não há reparo Pois és minha sobrevivência e meu pecado
Assim, largo até a minha essência e mesmo a quiescência.
E não aceito discussão pois, qual tolo deu razão ao TAL coração ? Oh! minha TAU inspiração
Digo-te, não há aqui rompante pois, se estou no teu semblante no brilho dos olhos teus dilacerantes sinto estar extasiado, tal qual o amante
E digo-te, sem pudor Ou dor...
Aquele que tem a mais doce atenção que recebe o fruto da paixão tal qual o vinho mais caro não carece qualquer reparo
E,por assim como tudo que é sagrado Sem cuidado, restei posto, anestesiado e de morte pura, condenado
Mas, ainda assim
Eu por ti, meu amor doce ! Embebedo-me de certeza e aventuro-me sem pensar, vou-me, por simples te alçar
E indo assim, te sugo e te como e te deixo um recado ( minha maçã) ainda que seja pecado: no paraíso estaremos pelados.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 18/11/2023
Alterado em 18/11/2023 |