O conceptoPor entre os trópicos, no chão bruto, exubera a vida no bosque denso. Profusão de criaturas, cuja terra lhes foi o ventre.
No bosque frutifica a árvore, para que as sementes semeiem a vida. E no tempo certo, a terra lhes dará abrigo. E fará crescer o concepto.
Ah! A Terra e suas tetas tenras. Alimenta a vida que da terra é o próprio fruto. Por assim, o inseto alado voa circulando a luz. Pois a lamparina imita o sol, o epicentro da vida.
O astro rei sem paga, emana luz, para que a terra arquitete a existência. Traduzindo do gene toda forma de vida. Da qual a fruta na árvore também é fruto.
Disso sabe o inseto em seu giro translacional. Assim como o sabem todos os seres existentes. Há que, em época de núpcias, acasalar para que a vida perpetue. E tal qual a terra abriga a semente, será a fruta o abrigo do inseto.
E que seja assim, do ovo posto ao artrópode alado, a metamorfose! Da terra, a matéria bruta se transforma em vida. O inseto é modelo dessa sina e é fruto da semente.
Semente posta, vem a larva, que oculta na fruta, consome voraz a substância que a recolhe. Ao fim do cabo, morta a larva, viverá o inseto. Em seu corpo pronto, ávido por luz!
Por sob a casca fina, de quem lhe fez existir, anseia o artrópode por seu parto. Pois o ventre que lhe deu existência já não lhe cabe. Lá fora, um novo ciclo lhe aguarda.
E surge o animal alado, pronto para o voo, despido do oco escuro, segue guiado pela luz. Em sua jornada, voa o inseto como toda a vida. Para que ao cabo do seu tempo, seja semente novamente.
Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 01/12/2023
Alterado em 01/12/2023 |