Tempo vivido IIO sol risca a compasso o céu e se põe E logo haverá uma nova alvorada E assim o tempo é medido no relógio Os ponteiros ponteando a trama E a vida medida em gramas
Nessa toada o tempo perfaz o drama o pretérito se impõe absoluto E inaugura o momento seguinte No espectro restrito do relógio estático ponteiros transpassam em galope perfeito
E por essas linhas Nada de desalinho Nada de seder à passividade da espera Para o verbo deixar, não cabe o depois!
Tem que viver a emergência da hora E chafurdar no tempo vivido E assim, comer nacos de vida à dentadas Depois, digerir com as entranhas da alma
Nada de passos fora do compasso Não é razoável perder o tempo! Da vida, degustar até filigranas E, do amor, gozar o gozo mais profundo
Aqui não cabem subterfúgios E tão pouco distrações Menos futilidades para enganar o tempo Oras, o tempo real é o tempo vivido
E, por assim dizer: Do relógio, degustar cada segundo Passo a passo Antes que o tempo passe.
Ton Costa Gladyston Costa
Enviado por Gladyston Costa em 29/08/2024
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